Existem amores de verões
né, mas eu vivi um amor que durou somente o tempo de pandemia. E foi uma das
coisas mais doidas e insanas que sim, eu posso dizer que eu vivi. E que coragem
da minha parte, em todos sentidos, só eu sei de fato.
Conheci no final de
2019 onde o mundo ainda estava tudo no normal, sem sintomas pandêmicos. Achei
que seria diferente, mas diferente foi só como igual aconteceu. Os três primeiros
meses foram incríveis. Porque sim, de fato aquela questão de estar sendo meu
primeiro namorado, caramba eu já estava me doando, como eu jamais tinham e
doado a alguém. Era ele, e minha família.
Porém, antes dele eu
sempre tive dois amigos homens muito próximos. E um dele ele não ajeitou desde
do começo, mesmo eu afastando dele 100%. Eu sabia que ele nunca ia aceitar a
forma como eu tentei levar isso. Ele queria exclusividade. Mas da parte dele
não existia essa parceria.
Inicio de 2020,
pandemia estourou. Tudo em grande maioria fecha. Eu o conheci sabendo que ele
amava beber e sair. Totalmente ao contrário de mim. Mas eu estava disposta a
fazer valer a pena, mas só eu. 2020 foi maleável, até porque ele não tinha para
onde ir, ficamos somente em casa, eu tive que me virar em mil, porque ele ficou
meses só em casa, construindo a casa, e tentando se reinventar e ate depressão
ele passou.
Teve vários, vários
momentos, que eu achei que não ia aguentar, que aquilo tudo não era para mim,
foi uma provação de vida que só eu sei. Muitas vezes eu quis correr e desejei
nunca ter o conhecido. Mas meu coração não conseguia, meu lado bom fez eu
prometer a mim mesma que eu jamais o abandonaria, enquanto ele não estivesse
bem. E foi o que fiz, me mantive firme. E foi aí que mais sofri na minha vida.
Começo de 2021 eu
entrei em uma empresa, a qual um colega de fato sempre foi de boa comigo e se
interessou por mim. Eu fui levando na educação, em nenhum momento eu tive intenção
porque meu coração sempre foi da pessoa que escolhi namorar. Só que um dia
aconteceu um fato, envolvendo esse colega, e desde dai a minha vida virou um
inferno porque a confiança na cabeça do meu namorado se quebrou porque ele
cismou que poderia ter algo.
Em outro momento, um
final de semana, ele foi para um social na casa do patrão naquele mesmo dia,
teve o maior caos na minha casa, onde eu precisava de alguém do meu lado, no
caso eu só o queria. Ali eu só queria que ele largasse tudo e ficasse abraçado
em mim falando que ia ficar tudo bem, que ele estava ali para me proteger. Mas isso
nem de longe aconteceu. No impulso, eu liguei para esse colega. E dias depois
ele viu a ligação no meu celular e virou o caos eterno, ele criou um fanfic na
cabeça dele e sustenta desde então.
Então começou todas as
merdas da parte dele, ele ligou o foda se de vez. Se importar comigo, o que já não
tinha muito, já não tinha mais. E fiquei. Lembrar do meu aniversário, jamais.
Eu fiquei. Dia dos namorados, não se importou. Eu fiquei. Data de quando a
gente se conheceu, nem sabia. Eu fiquei. Eu levava nas costas, tomava bem no
meio e ficava, ele não dava um mínimo de valor.
Depois começou,
conversas com ex´s, curtia fotos de outras, quando eu não estava com ele, ele
falava com deus o mundo. Ele chamava outras mulheres para sair com ele. Ele
pagava uber para outras para encontrar ele. Só ele, e deus sabe quantos chifres
eu devo ter levado sabe. E eu fingia que nada estava acontecendo. Eu acreditava
que ele em algum momento iria virar a chave e ver a pessoa que estava ali do
lado dele, se matando para manter algo que já tinha morrido a tempos. Mas o que
reinava era a total falta de consideração comigo do inicio ao fim por conta de
uma história que ele alimentou para ego dele estar sempre elevado e certo.
Ele nunca me assumiu de
fato, nunca postou uma foto comigo, nunca dizia nos lugares que namorava, fazia
de tudo para viver como solteiro em toda e qualquer oportunidade que tinhas. E
não tinha uma alma boa em volta dele, dos amigos, que dizia uma palavra de discernimento
avisando que o que ele fazia não era de Deus. Eu ficava pasma como mundo negro
dele, de como o tomava conta de forma, que tudo era negro, não tinha brilho na
volta dele e mesmo assim ele se sentia confortável. Sei lá, as vezes a energia
dele me assustava.
Fatos que nunca contei
para ninguém, que engoli a seco porque sei lá, eu acreditava que ele iria mudar,
que seria novamente aquele cara todo gentil, prestativo, amoroso, que se
importava comigo. Eu tive vários índices que ele me traiu, de todos, tive duas
provas, uma que ele beijou uma mulher na cidade baixa, outra que ele escondeu
camisinhas na gaveta do armário da cozinha. Me dá até repulsa lembrar disso. Eu
aceitei tanta coisa.
Não posso dizer que fui
100%, apenas por alguns fatos que tinha questões familiares que precisam, que
sim tem uma dependência de mim, então eu tinha meio que viver duas vidas, duas famílias
então eu nunca estaria 100% lá. Mas em momento nenhum como pessoa, como um
casal eu faltei como respeito com ele. De dar intimidade, moral, abertura a
nenhum outro homem. Isso não es de mim. Sou fiel e leal a tudo que abraço. E
com ele eu fui. Jamais machucaria alguém ao ponto de tudo que ele fez comigo.
2021 foi total caos de indas e vindas e de mais momentos ruins do que bons.
Quantas vezes eu fiquei sozinha lá, quantas vezes ele chegou bêbado e não queria
tomar banho e eu tinha que dormi no outro quarto. Quantas vezes ele faltou com
total respeito e se achou com total razão. Quantas vezes eu deitada do lado
dele e chorava sem ele perceber. Quantas vezes eu me perguntei do porque eu
ainda acreditava, insistia ou me mantia por alí, lugar onde mais eu chorava do
que ria. Logo eu, que sou riso solto.
E era minha mãe, e duas
amigas que eu sempre falei dele, me dizendo todo dia, que ele não me merecia,
que tinha que me libertar, que eu merecia muito mais, que ele estava me
sugando. Eu ouvi, minha razão guardava tudo aquilo, mas o coração bobo não deixava,
então eu tive a mais pura certeza de que merda eu sou mais emocional do que razão,
me odeio por isso.
E todas vezes que ele
me usou e me sugou. Eu gastei muitas vezes até o que eu não tinha, quando ele
precisava. Eu não pedi dinheiro em nenhum momento para ele. NENHUM momento. Eu
fazia recarga no celular dele, eu ajudei em pensão da filha, eu paguei contas
que não era minhas. Eu cobri valores de saídas dele, de bebedeiras dele com
outras pessoas, onde eu nunca nem estava. Ele adorava a ideia de sair, curti
uma vida de solteiro e voltar e ter eu lá na cama a espera dele. Que loucura eu
vivi. Que loucura, que insanidade.
Comecei a me cansar, de tudo eu, de eu ter que provar o meu valor todo dia, de fazer e fazer e não ter o mínimo de respeito que qualquer pessoa merece. Afinal eu não nunca fiz nada, eu nem se quer olhava pro lado, eu privei minhas redes sociais para não ter nenhum tipo de atrito seja lá algum comentário, curtida e afins. Eu sei que fiz de tudo que poderia, ate o que era meio impossível. Mas foi me sufocando. Era tanto descaso e foi me afetando eu fui murchando em todos sentidos. Mesmo caída, as vezes eu puxava forças não sei da onde e tinha ações, atitudes legais para ver se tinha brilho de alguma forma, mas não.
Foi de um amor de
pandemia, que eu tentei dar certo de todas formas, com todas as minhas formas. “Eu
queria que tivesse sido você, eu queria tanto, mas tanto que tivesse sido você,
até eu descobri que você não queria que fosse eu.”. E relutei muito para ir,
mas eu tinha que ir. Minha alma sempre será livre, eu pousei, mas eu sabia que
não poderia ser por muito tempo, não posso ir contra minha natureza. E muito
menos ele, mas eu tentei, eu cedi. Ele não.
Eu já fiz a guerra eu já fiz a paz. Eu sou o lixo, eu sou o luxo, eu sou o ódio, eu sou o amor (CBjr.
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